Aula 04 - 25.08.2015

Nesta aula, a professora utilizou uma dinâmica conhecida como GV/GO e para isso a sala foi dividida em 3 grupos de verbalização (GV) e 3 grupos de observação (GO). Organizaram dois círculos concêntricos GV<GO, onde nos tempos estipulados, cada GV teve a tarefa de discutir o assunto em questão enquanto o GO anotava as observações feitas para se manisfestar em um segundo momento.  
Previamente à aula, a professora solicitou que os alunos fizessem a leitura dos capítulos 1 e 2 do livro "Metologia da Ciência: filosofia e prática da pesquisa" de Fábio Apollinário.  Sendo assim, cada GV teve um tema para discutir:

1º GV: Discussão do Racionalismo e Empirismo
2º GV: Discussão do Positivismo
3º GV: Discussão sobre Método Científico

A seguir estão algumas anotações realizadas sobre cada  uma das discussões durante a aula: 

1º GV: Discussão do Racionalismo e Empirismo

Antes dos gregos as pessoas tentavam explicar as coisas baseadas nos Deuses e mitos.
Ideias de Aristóteles -> tudo baseava-se na lógica
Descartes -> tudo era explicado pela razão. Marcou época porque estudava diversas áreas como física, química e matemática.
No período de tempo entre os gregos e Descartes as pessoas se apoiavam no conhecimento religioso (poder monárquico e da Igreja).

Empirismo: relacionado a experiência. 
Como um mesmo fato poderia ser visto pelo Empirismo e pelo Racionalismo? Se pensarmos no que Galileu Galilei fez sobre a Torre de Pisa, na Itália, a explicação segundo o Empirismo seria o fato de uma pessoa subir no topo da torre, jogar os objetos e observar qual deles cairia mais rápido, ou seja, eu uso a observação prática. Já no Racionalismo, usaríamos a razão para determinar qual cairia mais rápido.

Francis Bacon e o método indutivo: específicos me induzem ao geral. No entanto essa ideia nem sempre está certa visto que não temos condições de ver todos os particulares do mundo para então chegar em algo geral.

Método científico: só poderia ter sentido a teoria que viesse da coleta metódica de dados.

Renascença:  com a redução do poder da Igreja pessoas como Galileu Galilei e Leonardo da Vinci desenvolvem novos conhecimentos/ideias como os filosóficos, por exemplo. A obra intitulada "Homem Vitruviano" de Leonardo da Vinci é um exemplo dessa mudança de ideias onde Deus deixa de ser o centro para o homem ser o centro e começa também a existir um olhar para o homem. Assim como nossa colega Mayla disse, o homem passa a ser objetivo  e objeto.

2º GV: Discussão do Positivismo

Eliminar a atividade de formulação de hipóteses dos processos científicos.
"Universo natural e social era regido por um conjunto de leis imutáveis e eternas, cabendo à ciências desvendá-las por um método único: uso de procedimentos (experimentação, comparação) que levasse a descobertas através de fatos e raciocínios."

Galileu Galilei: viveu entre os séculos XVI e XVII, foi perseguido pela Inquisição e teve que negar suas ideias para que não fosse condenado a fogueira.

Augusto Conte: Positivismo -> final do século XVIII e início século XIX; palavra chave é ordem. A ordem se reflete na vida acadêmica atual, por exemplo, em alguns cursos temos cálculo 1,2 e 3, ou seja, temos uma sequência. A fragmentação das disciplinas veio também das ideias de Conte. É necessário entender o que veio antes para entender o que vem depois.
As ideias positivistas levaram à Independência do Brasil. Ordem na ciência -> classificação das classes (Biologia), classificação de ácidos e bases de Lavoisier (Química).
A media que a natureza é imutável, eu como cientista/observador não mudo nada, ou seja, não interfiro/ideia de neutralidade. A partir desse momento, o novo Deus é a ciência, e se apenas o conhecimento científico tem valor, logo quem tem valor é o cientista.
A Química demorou a ser concebida como ciência porque achavam que ela não seguia um método científico.

3º GV: Método Científico

Método: um procedimento ou conjunto de passos que se deve realizar para atingir um determinado objetivo.
Pilares da ciência: Racionalismo e Empirismo.

Método Científico: diz o caminho a ser seguido.


Alguns dos materiais utilizados para esta aula podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:

Método Científico

  • Etimologia: palavra de origem grega que significa o conjunto de etapas e processos a serem desenvolvidos e vencidos na investigação da verdade.
  • Importância: o método científico tem o poder de validar ou invalidar um determinado resultado, além de conferir segurança sobre a veracidade.
Sendo assim, entende-se que o método científico refere-se ao conjunto dos passos necessários para obter conhecimentos válidos e isentos da subjetividade de que o produziu e por meio de instrumentos confiáveis.  Podemos dizer que as etapas englobadas pelo método científico são: observação, formulação de hipóteses, experimentação, interpretação de resultados e conclusão.

O método científico também baseia-se em dois princípios:
  • Reprodutibilidade: uma determinada experiência pode ser repetida em qualquer lugar e por qualquer pessoa, respeitando claro as condições relacionadas e descritas por quem a fez inicialmente, onde o reprodutor deverá obter os mesmos resultados.
  • Refutabilidade: todas as propostas científicas são susceptíveis de serem refutadas.
Esta postagem tem como objetivo trazes textos sobre a temática que será abordada na próxima aula do dia 25.08.2015. Os textos utilizados como base para essa postagem podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:

- "Algumas observações sobre o método científico" de Silvio S. Chibeni. Disponível em: <http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/metodocientifico.pdf>

Aula 03 - 18.08.2015

Nesta aula demos continuidade as questões propostas na Aula 01, mais especificamente sobre os marcos da pesquisa em Ensino de Química no Brasil. Sendo assim, conclui-se que os marcos são:
  • A criação da divisão de Ensino na SBQ (Sociedade Brasileira de Química) durante uma reunião na SBPC. Aqui, vale fazer um parêntesis, para explicar que a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso em Ciência) tem origem na década de 50 e  buscava através de reuniões anuais congregar os pesquisadores das várias áreas da ciência e tinha como objetivo unir o pensamento científico brasileiro.
  • ENEQ (Encontro Nacional de Ensino de Química) / Sul: EDEQS - Chassot.
  • Surgimento de revistas importantes como QNEsc (1994) e Química Nova.
  • Outros meios de divulgação como Ciência e Cultura e  Jornal da Ciência (online);
Como complementação da discussão, a professora disponibilizou alguns artigos referentes aos temas e questões abordados que podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:

- “A pesquisa em Educação Química’’ de Malcolm J. Frazer. Disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2795>
- “A pesquisa em Ensino de Química no Brasil” de Roseli P. Schnetzler. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v25s1/9408.pdf>
- “A emergência da didática das ciências como campo científico do conhecimento” de Antonio Cachapuz, et all. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/374/37414108.pdf>

Pesquisas em Ensino de Química

Nesta postagem trataremos das pesquisas em Ensino de Química abordando dois tópicos:

- O campo em que se inserem;
- Os marcos dessas pesquisas no Brasil;

Segundo Schnetzler (2002), as pesquisas em Ensino de Química situam-se na área da Didática das Ciências. Área essa constituída como um campo científico de estudo e investigação, com proposição e utilização de teorias/modelos e de mecanismos de publicação e divulgação próprios e, principalmente, pela formação de um novo tipo de profissional acadêmico – o/a pesquisador/a em ensino de Ciências/Química.

Ainda segundo Schnetzler (2002), há seis grandes marcos que levaram ao desenvolvimento da área de pesquisa em Ensino de Química no Brasil. São eles:

I. Constituição da divisão de Ensino na Sociedade Brasileira de Química.
II. Os encontros nacionais e regionais de Ensino em Química.
III. A seção de Educação nas reuniões anuais da SBQ e na revista Química Nova.
IV. Os projetos da Divisão de Ensino e a QNESC.
V. Formação de mestres e doutores em Educação Química.
VI. Desenvolvimento de projetos de ensino e publicação de livros sobre a Educação Química.

Esta postagem teve como objetivo trazer textos sobre a temática que será abordada na próxima aula do dia 18.08.2015.
Os textos utilizados como base para esta postagem podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:

“A pesquisa em Ensino de Química no Brasil” de Roseli P. Schnetzler. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v25s1/9408.pdf>
- "A pesquisa em Ensino de Química como área estratégica para o desenvolvimento da Química"de Wildson L. P dos Santos e Paulo A. Porto. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v36n10/14.pdf
- "Importância, sentido, contribuições de pesquisas para o Ensino de Química" de Roseli P. Schnetzler e Rosália M. R. Aragão. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/pesquisa.pdf>

Aula 2 - 11.08.2015

Nesta aula, os estudantes foram divididos em grupos de 5 e/ou 6 alunos onde os integrantes dos grupos expuseram suas as definições e respostas para as seguintes perguntas:

1. O que é pesquisa?
2. O que é pesquisar?

Ao final da aula, todos puderam expor as suas conclusões sobre o que é pesquisa e o que é pesquisar. 

Sendo assim, podemos dizer que pesquisa é a análise do conjunto de resultados/dados, sejam eles positivos ou negativos, conclusivos ou inconclusivos e que a gente parte do princípio de que quem pesquisa está tentando provar algo já existente ou descobrindo algo novo. 
Agora, pesquisar é o ato de fazer pesquisa, procurar respostas, investigar e coletar dados e não uma mera reprodução de algo pronto
Se pensarmos em um diagrama, podemos dizer que a pesquisa é uma reunião de micro-pesquisares.


Durante a discussão, um colega trouxe a pesquisa no meio acadêmico como um dos pilares da atividade universitária em que os pesquisadores tem como objetivo construir conhecimento para uma disciplina acadêmica, contribuindo para o desenvolvimento da ciência e para o desenvolvimento social. A partir disso a professora trouxe o relato de que o Ensino Superior no Brasil e em outras partes do mundo, não começou vinculado à pesquisa e a primeira Instituição que trouxe a pesquisa vinculada ao Ensino Superior foi a Alemanha. Assim, os alemães conseguiram reverter anos de atraso em relação a Inglaterra, França e Itália. Sendo assim, essa ideia de pesquisa no Ensino Superior é referente ao século XIX e tem origem nos alemães.

Sendo assim, juntos concluímos que o levantamento que cada um fez antes da aula para tentar encontrar as definições, não é pesquisa e sim pesquisar. Logo, pesquisar é o ato da pesquisa. O fato de entrarmos na Internet e acharmos uma definição não quer dizer que estamos fazendo uma pesquisa. Na verdade, estamos fazendo um levantamento bibliográfico que necessita de uma análise e sem esta análise não pode ser transformar numa pesquisa. Os levantamentos bibliográficos podem ser uma etapa que pode me levar a pesquisa e aqui voltamos a ideia do diagrama onde fica claro que a pesquisa requer um levantamento bibliográfico, análise, investigação... Portanto,pesquisar isoladamente não é pesquisa, mas se eu tenho todas as ações juntas eu consigo ter o todo da pesquisa.

Os textos consultados antes da aula podem ser encontrados nos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0225.html
http://www.mat.ufrgs.br/~vclotilde/disciplinas/pesquisa/pesquisa.pdf

Aula 1 - 04.08.2015

  • Introdução da disciplina abordando a importância desta no currículo do curso de Licenciatura.
  • Metodologias Qualitativas e Quantitativas.
  • Criação do blog: ficou acordado que cada aluno deveria criar um blog e realizasse postagens semanais sobre as aulas de Metodologia Científica da Pesquisa em Ensino de Química e de Ciências.
  •  A professora solicitou aos alunos que cada um procurasse definições/respostas às seguintes questões para a próxima aula:
1. O que é pesquisa?
2. O que é pesquisar?
3. Em que campo se inserem as pesquisas em Ensino de Química?
4. Como esse campo se constitui?
5. Quais os marcos da pesquisa em Ensino de Química no Brasil?
6. Educação é ciência?