Aula 16 - 01.12.2015

Nesta aula, a Prof. Gláucia respondeu as dúvidas que alguns alunos ainda tinham sobre o Projeto de Pesquisa que deverá ser entregue, como também, sugeriu alguns autores e trabalhos que poderiam ser utilizados como referencial teórico durante a elaboração do Projeto. 

Sendo assim, a Prof. Gláucia encerrou a disciplina de Metodologia Científica da Pesquisa em Ensino de Química e de Ciências para o curso de Licenciatura em Química - USP/RP.

Bom pessoal, espero que vocês tenham gostado do blog e que tenha sido útil para aqueles que o visitaram e ainda podem visitar no futuro. E fica como dica a utilização de um blog como ferramenta de ensino/avaliação seja na faculdade ou até mesmo no Ensino Médio.



Aula 15 - 24.11.2015

Ao final desta disciplina os alunos deverão elaborar um Projeto de Pesquisa e entrega-lo à docente. Sendo assim, a professora trouxe nesta aula as normas da ABNT NBR15287 que deverão ser seguidas na elaboração do Projeto de Pesquisa que será realizado em dupla.
  
Antes de falarmos sobre esta norma em específico, falemos um pouco de história, que pode ser encontrada no site: http://www.abnt.org.br/

A ABNT foi fundada em 28 de setembro de 1940 e é uma entidade privada e sem fins lucrativos.  É responsável pela publicação das Normas Brasileiras (ABNT NBR), elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). Desde 1950, a ABNT atua também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para certificação de produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está fundamentada em guias e princípios técnicos internacionalmente aceitos e alicerçada em uma estrutura técnica e de auditores multidisciplinares, garantindo credibilidade, ética e reconhecimento dos serviços prestados. O principal objetivo das normas ABNT para elaboração do trabalho científico é manter um padrão na estrutura e apresentação dos trabalhos.

A ABNT NBR15287:2011 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Documentação e Informação (ABNT/CB-14), pela Comissão de Estudo de Documentação (CE14:000.01). Pode ser encontrada no seguinte endereço eletrônico: 

Aula 14 - 10.11.2015

Nesta aula os estudantes desta disciplina realizaram uma atividade avaliativa online onde todos deveriam responder à questões sobre os seminários apresentados pelos colegas e discutidos pela professora Gláucia. A atividade foi elabora pela docente responsável utilizando a plataforma chamada Stoa, na qual todos os estudantes que cursam a disciplina têm livre acesso e meio de comunicação entre alunos-professora. A atividade foi realizada individualmente e ao término desta o estudante tinha acesso à sua nota, uma vez que o próprio sistema corrigiu as respostas. O recurso utilizado apresenta-se muito interessante útil para ser utilizado de diversas maneiras e em diversos momentos para várias finalidades.

Aula 13 - 03.11.2015



Na aula passada (27/10) a professora Gláucia havia solicitado que os alunos trouxessem para a aula de hoje a questão de pesquisa na qual cada dupla irá trabalhar para construir o Projeto de Pesquisa. Sendo assim, durante a aula foram discutidas as questões que algumas duplas trouxeram e a professora conduziu a aula orientando os alunos em suas questões. 
Mas, antes de discutirmos a questão de pesquisa, é necessário saber do que se trata um Projeto de Pesquisa. Segundo algumas definições encontradas na literatura, podemos dizer que um Projeto de Pesquisa é um plano de trabalho que se pretende realizar e nele procuramos responder a uma série de perguntas como:

- O que pesquisar;
- Quando pesquisar;
- Como pesquisar;
- Onde pesquisar;
- entre outras.

O primeiro passo na elaboração de um Projeto de Pesquisa é a escolha do tema. Este deve ser do interesse do autor e deve ser adequado à sua formação. Após a definição do tema, o passo seguinte é a redação do projeto. Este deve conter: capa, sumário, resumo, objetivos, justificativa, revisão da literatura, o problema, hipóteses, metodologia, cronograma e bibliografia.

O material utilizado nesta postagem foi:

-REIS, A.S.; FROTA, M.G.C. Guia básico para a elaboração do projeto de pesquisa.

Aula 12 - 27.10.2015

Dando continuidade às apresentações, o oitavo grupo a se apresentar escolheu o tema Pesquisa Ação em forma de seminário virtual. Sobre este tema destacam-se alguns pontos como:

- Segundo David (2005), é difícil de definir a Pesquisa-Ação por duas razões interligadas: primeiro, é um processo tão natural que se apresenta, sob muitos aspectos, diferentes; e segundo, ela se desenvolveu de maneira diferente para diferentes aplicações

- Segundo Molina, a Pesquisa-Ação é uma metodologia coletiva que favorece as discussões e a produção cooperativa de conhecimentos específicos sobre a realidade vivida, a partir da perspectiva do esmorecimento das estruturas hierárquicas, e das divisões em especialidades, que fragmentam o cotidiano. Se constitui enquanto prática desnaturalizadora e tem como foco principal de análise as redes de poder e o caráter desarticuladores dos discursos e das práticas instituídas no convívio social.

- A Pesquisa-Ação educacional é principalmente uma estratégia para o desenvolvimento de professores e pesquisadores de modo que eles possam utilizar suas pesquisas para aprimorar seu ensino e, em decorrência, o aprendizado de seus alunos, mas mesmo no interior da pesquisa-ação educacional surgiram variedades distintas.

- É importante que se reconheça a Pesquisa-Ação como um dos inúmeros tipos de investigação-ação, que é um termo genérico para qualquer processo que siga um ciclo no qual se aprimora a prática pela oscilação sistemática entre agir no campo da prática e investigar a respeito dela. Planeja-se, implementa-se, descreve-se e avalia-se uma mudança para a melhora de sua prática, aprendendo mais, no correr do processo, tanto a respeito da prática quanto da própria investigação.




- A Pesquisa-Ação tenda a ser pragmática, ela se distingue claramente da prática e, embora seja pesquisa, também se distingue claramente da pesquisa científica tradicional, principalmente porque a pesquisa ação ao mesmo tempo altera o que está sendo pesquisado e é limitada pelo contexto e pela ética da prática.

- A Pesquisa-Ação deve ser contínua e não repetida ou ocasional, porque não se pode repetidamente realizar pesquisas-ação sobre a prática de alguém, mas deve-se regularmente trabalhar para melhorar um aspecto dela, de modo que deva ser mais frequente do que ocasional.


O nono e último grupo a se apresentar escolheu o tema Estudo de caso em forma de painel. Sobre este tema destacam-se alguns pontos como:

- Para Goode e Hatt, o Estudo de caso é um meio de organizar os dados, preservando do objeto estudado o seu caráter unitário. Considera a unidade como um todo, incluindo o seu desenvolvimento (pessoa, família, conjunto de relações ou processos).

- Segundo Yin, o Estudo de caso representa uma investigação empírica e compreende um método abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de dados. Pode incluir tanto, estudos de caso único quanto de múltiplos, assim como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa.

- Na posição de Lüdke e André, o Estudo de caso como estratégia de pesquisa é o estudo de um caso, simples e específico ou complexo e abstrato e deve ser sempre bem delimitado. Pode ser semelhante a outros, mas é também distinto, pois tem um interesse próprio, único, particular e representa um potencial na educação. Destacam em seus estudos as características de casos naturalísticos, ricos em dados descritivos, com um plano aberto e flexível que focaliza a realidade de modo complexo e contextualizado.

- Conforme os objetivos da investigação, o Estudo de caso pode ser classificado de intrínseco ou particular, quando procura compreender melhor um caso particular em si, em seus aspectos intrínsecos; instrumental, ao contrário, quando se examina um caso para se compreender melhor outra questão, algo mais amplo, orientar estudos ou ser instrumento para pesquisas posteriores, e coletivo, quando estende o estudo a outros casos instrumentais conexos com o objetivo de ampliar a compreensão ou a teorização sobre um conjunto ainda maior de casos.

- Como qualquer pesquisa, o Estudo de caso o é geralmente organizado em torno de um pequeno número de questões que se referem ao como e ao porquê da investigação.

- Segundo Gil, o Estudo de caso não aceita um roteiro rígido para a sua delimitação, mas é possível definir quatro fases que mostram o seu delineamento:

a) delimitação da unidade-caso;
b) coleta de dados;
c) seleção, análise e interpretação dos dados;
d) elaboração do relatório.

- Os Estudos de caso têm várias aplicações. Uma grande utilidade dos estudos de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é recomendável nas fases iniciais de uma investigação sobre temas complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. Também se aplica com pertinência nas situações em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal. São úteis também na exploração de novos processos ou comportamentos, novas descobertas, porque têm a importante função de gerar hipóteses e construir teorias.

- Sobre as vantagens dos Estudos de caso, pode-se dizer que: estimulam novas descobertas, em função da flexibilidade do seu planejamento; enfatizam a multiplicidade de dimensões de um problema, focalizando-o como um todo e apresentam simplicidade nos procedimentos, além de permitir uma análise em profundidade dos processos e das relações entre eles.

- Mas há também limitações. Uma delas é a dificuldade de generalização dos resultados obtidos. Pode ocorrer que a unidade escolhida para investigação seja bastante atípica em relação às muitas da sua espécie. Naturalmente, os resultados da pesquisa tornar-se-ão bastante equivocados. Por essa razão, cabe lembrar que, embora o estudo de caso se processe de forma relativamente simples, pode exigir do pesquisador muita atenção e cuidado, principalmente porque ele está profundamente envolvido na investigação.


Os materiais utilizados nesta postagem são:

- LUDKE, M.; MEDA, A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU;1986.

- TRIPP, D. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 31, n. 3, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf>

- VENTURA, M.M. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. 2007. Disponível em: < http://unisc.br/portal/upload/com_arquivo/o_estudo_de_caso_como_modalidade_de_pesquisa.pdf>
  
- Yin R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2a ed. Porto Alegre: Bookman

Aula 11 - 20.10.2015

Dando continuidade às apresentações, o sétimo grupo a se apresentar escolheu o tema Pesquisa Bibliográfica em forma de painel. Sobre este tema destacam-se alguns pontos como:

- Pesquisa Bibliográfica é o levantamento de um determinado tema, processado em bases de dados nacionais e internacionais que contêm artigos de revistas, livros, teses e outros documentos.

- A Pesquisa Bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho científico e inclui algumas etapas como: levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa.

- O acesso à bibliografia pode ser feito de dois modos básicos: manualmente ou eletronicamente. O primeiro consiste em pesquisar diretamente nos livros de referências disponíveis na biblioteca como o Index Medicus, Index Medicus Latino-Americano, Review of Respiratory Disease e Current Contents in Clinical Medicine.

- Conforme Andrade (1997) uma Pesquisa Bibliográfica pode ser desenvolvida como um trabalho em si mesmo ou constituir-se numa etapa de elaboração de monografias, dissertações, etc. Enquanto trabalho autônomo, a pesquisa bibliográfica compreende várias fases, que vão da escolha do tema à redação final.

- A Pesquisa Documental é ás vezes confundida com a Pesquisa Bibliográfica. Enquanto que na primeira os materiais ainda não receberam tratamento analítico (fontes primárias), a segunda tem contribuições de diferentes autores sobre o tema (fontes secundárias).

Os materiais utilizados nesta postagem são:

- AMARAL, J.J.F. Como fazer uma pesquisa bibliográfica. 2007. Disponível em: <https://cienciassaude.medicina.ufg.br/up/150/o/Anexo_C5_Como_fazer_pesquisa_bibliografica.pdf>


- ANDRADE, M. M. Introdução à Metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. Disponível em: <ttp://www.metodologiacientifica.com.br/fpa/pesquisabibliografica.pdf>

Aula 10 - 13.10.2015

Dando continuidade ás apresentações, o sexto grupo a se apresentar, e do qual eu faço parte, escolheu o tema Pesquisa Experimental em forma de seminário presencial. Sobre este tema destacam-se alguns pontos:

-Atualmente existem várias modalidades de pesquisas científicas. Uma primeira diferenciação que se pode fazer é entre pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa, ou seja, quanto à forma de abordagem.

-A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, por exemplo. Nelas, os pesquisadores se opõem a um modelo único de pesquisa para todas as ciências, uma vez que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria. Assim, os pesquisadores qualitativos rejeitam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida social, uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus preconceitos e crenças contaminem a pesquisa. (Goldenberg, 1999). Esses mesmo pesquisadores buscam explicar o porquê das coisas, explicando o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos.

-Já na pesquisa quantitativa, os pesquisadores buscam revelar as relações de dependência funcional entre variáveis para tratarem do como dos fenômenos. Eles procuram identificar os elementos constituintes do objeto estudado, estabelecendo a estrutura e a evolução das relações entre os elementos. Seus dados são métricos e as abordagens são experimental, hipotético-dedutiva, verificatória.

-Considerando os dois parágrafos anteriores, conclui-se então que Pesquisa Experimental trata-se de uma pesquisa quantitativa.

-Para Gil (2007), a Pesquisa Experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

-Segundo Fonseca (2002), a pesquisa experimental seleciona grupos de assuntos coincidentes, submete-os a tratamentos diferentes, verificando as variáveis estranhas e checando se as diferenças observadas nas respostas são estatisticamente significantes. Os efeitos observados são relacionados com as variações nos estímulos, pois o propósito da pesquisa experimental é apreender as relações de causa e efeito ao eliminar explicações conflitantes das descobertas realizadas.

-A pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório (onde o meio ambiente criado é artificial) ou no campo (onde são criadas as condições de manipulação dos sujeitos nas próprias organizações, comunidades ou grupos).

-É uma pesquisa quantitativa, pois defende que a compreensão deve vir da análise das relações entre as variáveis.

-Uma pesquisa experimental envolve algumas etapas como: planejamento rigoroso, formulação do problema e das hipóteses, selecionar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos.

-As variáveis a serem estudadas devem fazer parte de qualquer projeto de pesquisa desde o seu início. O papel principal da variável é estabelecer, objetivamente, o sucesso ou insucesso da hipótese da pesquisa. 

-Por definição, uma variável pode ser entendida como os aspectos, propriedades ou fatores reais ou potencialmente mensuráveis e discerníveis em um objeto de estudo, como por exemplo: salário, idade, sexo, profissão, cor, taxa de natalidade, etc.

-Dento da pesquisa experimental, há três tipos de variáveis: independente, dependente e interveniente.
  • A variável independente é o fator, causa ou antecedente que determina a ocorrência de outro fenômeno, efeito ou consequente.
  • A variável dependente é o fator, propriedade, efeito ou resultado decorrente da ação da variável independente.
  •  A variável interveniente é a que modifica a variável dependente sem que tenha havido modificação na variável independente.

-Considerando os estudos de Piaget, um exemplo prático de Pesquisa Experimental foram os testes aplicados em crianças de diferentes faixas etárias. Ao esconder um objeto de algumas crianças, Piaget observou que apenas as crianças a partir de oito meses de idade eram capazes de enxergar o brinquedo depois de escondido. Ou seja, nesse exemplo podem-se identificar três tipos de variáveis:
  • A criança é a variável dependente;
  •  O teste é a variável independente;
  • A variação da idade é interveniente, modificando a variável dependente uma vez que esta intimamente relacionada à mudança da idade da criança.


Os materiais de apoio utilizados nesta postagem são:

-FRANCIS BACON: TEORIA E MÉTODO. Disponível em:<http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_37/EraUmaVez.html >

-GUNTHER, H. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão? Universidade de Brasília, 2006, vol. 22, n. 2, p.201-210.

-LOPES, O.U. Pesquisa básica versus pesquisa aplicada.

-PESQUISA INSTRUMENTAL: UM INSTRUMENTO PARA PESQUISAS MERCADOLÓGICAS. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v11n2/v11n2a02.pdf>

-SANTOS FILHO, J.C. Pesquisa quantitativa versus pesquisa qualitativa: o desafio paradigmático. In: SANTOS FILHO, J. C.; GAMBOA, S. S. (Orgs.). Pesquisa educacional: quantidade-qualidade. 3.ed. São Paulo: Cortez, p.13-59, 2000. (Coleção Questões da Nossa Época – v.42).

-SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 21 ed., São Paulo: Cortez, 2000.